sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Estamos prontos para relacionamentos?


Texto: João 13:35

A pessoa mais útil do mundo hoje em dia é o homem ou a mulher que sabe como lidar com os outros. Relações Humanas é a ciência mais importante da vida. Stanley C. Allyn

Passei os primeiros 26 anos de minha carreira trabalhando como pastor. Não conheço outra profissão tão exigente e intensa quando se trata de trabalhar com outras pessoas. Quem a exerce é convocado a liderar, ensinar, orientar, aconselhar e confortar pessoas de todas as idades e nos mais diversos estágios da vida, do berço à sepultura. Precisa estar junto com elas durante muitos dos momentos mais alegres de suas vidas, como no casamento ou no batismo. Da mesma maneira, o ministro é chamado nas horas mais difíceis da vida: salvar um casamento perto de acabar, consolar uma família depois da morte trágica de um filho ou procurar respostas quando as pessoas se vêem diante da iminência da própria morte.

Ao longo dos anos, aprendi rapidamente a reconhecer pessoas que enfrentavam dificuldade de se relacionar com outras. É gente de todos os tipos, todas as idades, todos os tamanhos. Às vezes, quando eu aconselhava alguém solteiro ou separado, com dificuldades para manter um relacionamento que funcionasse bem, ouvia a pessoa se lamentar pela solidão em que vivia e o desejo ardente de se casar. Triste é saber que, em vez de se concentrar no casamento, algumas pessoas assim deveriam é se preocupar com a preparação emocional — a habilidade básica para quem pretende construir um relacionamento saudável.

Vamos encarar os fatos: Nem todos possuem a habilidade de iniciar, construir e sustentar relacionamentos bons e saudáveis. Muita gente é criada num lar problemático, e nunca teve modelos positivos de relacionamento nos quais pudesse se inspirar. Algumas pessoas estão de tal forma concentradas em si e em suas necessidades que simplesmente ignoram a existência de outras. Há ainda os que ficaram tão machucadas com acontecimentos do passado que enxergam o mundo inteiro através do filtro da dor. E por conta das grandes áreas cinzentas de sua vida relacional, elas não se conhecem, nem sabem como se relacionar com outros de uma maneira saudável.
É preciso gente saudável, em termos relacionais, para construir grandes relacionamentos. É aí que tudo começa. Creio que há alguns fundamentos que tornam as pessoas preparadas para relacionamentos.
Elas oferecem resposta à questão da preparação. Os componentes essenciais estão contidos nestes Princípios Pessoais a seguir:

O Princípio da Lente: quem somos determina nossa maneira de ver os outros.
O Princípio do Espelho: a primeira pessoa que devemos analisar somos nós mesmos.
O Princípio da Dor: pessoas más magoam as outras e são facilmente suscetíveis a sair magoadas.
O Princípio do Martelo: nunca use um martelo para matar um mosquito na cabeça dos outros.
O Princípio do Elevador: em nossos relacionamentos, podemos fazer com que as pessoas se sintam “para cima” ou “para baixo”.

Quem desconsidera algum desses componentes essenciais não está preparado para relacionamentos. Como resultado, enfrentará problemas recorrentes ao trabalhar em equipe. Se você ou alguém que conheça simplesmente não parece capaz de construir o tipo de relacionamento positivo que todos os seres humanos desejam, então a razão pode estar relacionada com a disposição. Ao aprender esses cinco Princípios Pessoais, você se preparará para a criação de relacionamentos positivos e saudáveis.


O que é necessário para trabalhar em equipe e ser bem-sucedido?
Será que é preciso nascer com uma personalidade expansiva ou com uma forte intuição para se sair bem nos relacionamentos? Quando se trata de habilidades pessoais, será que tudo é pré-determinado, e nos cabe apenas aceitar aquelas que Deus nos concede?
É possível uma pessoa habilidosa na construção de bons relacionamentos se tornar ainda melhor?
Pessoas que sabem se relacionar bem com outras costumam ser facilmente reconhecíveis.
Gente com essa habilidade tem muita facilidade em estabelecer vínculos conosco, fazendo-nos sentir valorizados e promovendo nosso crescimento pessoal a um nível mais elevado.
Essa interação gera uma experiência positiva que nos faz querer passar mais tempo com ela.
Alguns são tão habilidosos no trato com as pessoas que deveriam ganhar o Prêmio Empatia.
Da mesma forma, há pessoas cuja habilidade de se relacionar com outras faria delas candidatas ao Prêmio Antipatia. E não são poucos os que carregam tal reputação.

Mas não é necessário ler os jornais ou estudar História para encontrar exemplos nos dois extremos.
É preciso lidar com elas no dia-a-dia nas ruas, na igreja, talvez em casa. E, certamente, no trabalho.
Dê uma olhada nessas declarações de algumas pessoas a respeito do trabalho. Elas revelam uma deficiência em relacionamentos:
“É melhor para a igreja que eu não precise trabalhar com outras pessoas”.
“A igreja fez de mim um bode expiatório, exatamente como as outras em que trabalhei antes”.
“Exemplo: por favor, não interprete o fato de eu ter passado por 14 igrejas como igrejismo. Eu não pedi pra sair de nenhuma delas”.
“Referências: nenhuma. Deixei uma trilha de destruição por onde passei”.
É possível que você se flagre imaginando como algumas dessas declarações servem perfeitamente para definir como funciona o seu ambiente de relacionamento!

ALGUMAS PESSOAS CONHECEM O SEGREDO
Qual o valor que você dá à habilidade de se relacionar com os outros?

Pergunte aos executivos bem-sucedidos dos grandes grupos empresariais qual é a característica mais desejável para fazer sucesso em cargos de liderança, e eles lhe dirão que é a capacidade de trabalhar em conjunto.
Pergunte a empreendedores o que separa o sucesso do fracasso, e eles dirão que é a habilidade nos relacionamentos. Fale com vendedores, e eles confirmarão que saber lidar com gente é muito mais importante do que qualquer outro tipo de conhecimento. Sente-se com professores e comerciantes, gerentes de lojas e pequenos empresários, líderes religiosos e pais, e eles dirão a você que a capacidade de lidar com pessoas faz a diferença entre aqueles que se destacam e os que ficam na mediocridade.
É uma habilidade de valor incalculável. Não importa o que você queira fazer, se não é capaz de alcançar o sucesso junto com outras pessoas, então não o alcançará!
Muita gente cai na armadilha de achar que os relacionamentos não são prioridade. Isso não é bom, pois nossa habilidade de construir e manter relacionamentos saudáveis é o fator mais importante para se sair bem em qualquer área da vida. É o que determina nosso sucesso potencial.
Robert W. Woodruff, o homem cuja liderança transformou a Coca-Cola de uma pequena produtora regional de bebidas num poderoso grupo financeiro internacional, compreendeu a importância do fator pessoal no que se referia às realizações. No livro Top Performance (Alto desempenho), o especialista em relacionamentos Zig Ziglar cita o ex-diretor executivo da Coca-Cola. Zig diz que Woodruff costumava distribuir um pequeno panfleto que criou, no qual se lia: A vida é muito parecida com o trabalho de um vendedor. Se somos bem-sucedidos ou não, é muito mais uma questão do quão bem motivamos os seres humanos com os quais lidamos para comprar de nós e o que temos a oferecer.

Sucesso ou fracasso neste trabalho é, essencialmente, uma questão de relacionamentos humanos. Tem a ver com o tipo de reação que provocamos nos membros de nossa família, nossos clientes, funcionários, empregadores, colegas de trabalho e colaboradores. Se esta reação é favorável, temos grande chance de ser bem-sucedidos. Se a reação não for boa, estamos condenados.
O pecado mortal em nossos relacionamentos pessoais é que não damos a eles a devida importância. Não dedicamos um esforço ativo e contínuo a fazer e dizer coisas que contribuirão para que as pessoas gostem mais de nós, creiam em nós, e que criarão nelas o desejo de trabalhar conosco na realização de nossos propósitos e desejos. O tempo todo, vemos pessoas e organizações desempenhando apenas uma pequena parte de seu potencial de sucesso, ou falhando totalmente, só porque negligenciam o elemento humano nos negócios e na vida.
Elas não priorizam as pessoas e suas ações.
No entanto, são essas pessoas e suas reações que fazem as instituições ser bem-sucedidas ou quebrar.